quinta-feira, outubro 18, 2007

Quero um dia com 30 horas


Dormir -------------------------------------------------------- 8h

Trabalho ------------------------------------------------------ 8.5h

Jantar --------------------------------------------------------- 1h

WC e higiene pessoal ------------------------------------------ 0.5h (eu não consigo só em meia hora, mas vamos assumir que sim)

Deslocações ida de volta --------------------------------------- 2h

Fazer jantar, pequeno almoço e alguma arrumação lá em casa -- 1h (outra que não consigo)


Ficamos com 3 horas por dia para atrasos, cafés, aniversários, conversas com os amigos, namoros, família, cão, etc, etc ... e isto se não aparecer alguém a chatear.

É claro que este tempo não chega nem para metade. Se o dia só tem 24 horas, onde é que vamos roubar tempo? Ao sono, andamos cada vez mais a roubar tempo à caminha.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Estou perdido na aldeia Terra

O conceito de aldeia global, nunca fez tanto sentido. O nosso território passou a ser tudo o que está dentro da esfera azul. A mobilidade moderna, permite tanta movimentação, que os amigos já não mudam de cidade. Mudam de país e até de continente. Já nem o oceano serve de barreira. Agora parece um lenço das nossas saudades, ansiedades e alegrias.
Isto tem acontecido muito perto de mim, tão perto que só me apercebi ao olhar para mim. Chegamos a um ponto em que temos o nosso coração com o "Google Earth" incorporado tipo plugin. Temos os amores divididos por pessoas e países. É mais uma coordenada no nosso coração.
Adoramos as sms's à borla, mais o Messenger e os mails. Mas depois esta globalização tecnológica também nos afasta as pessoas, mantendo-as perto ao mesmo tempo. Os pontos mais longínquos do nosso coração-mapa chegam-nos através de bits e bytes.
Temos mesmo que inventar o teletransporte. O nosso coração é grande, infinito até, mas a capacidade de guardar sentimentos complexos é limitada.

sexta-feira, junho 15, 2007

Ser Tigre no domínio de caça do Leão

Os programas sobre a vida selvagem dão-nos grandes ideias. Afinal dentro de nós ainda subsiste uns restos de instinto.
Como é que querem que um tigre se comporte como tal, se o insistem em colocar, empurrar e manter fora do território que ele escolheu como seu. O tigre até gosta dos domínios vastos do Rei Leão, mas se lhe dessem a escolher ele iria preferir sempre o seu território com árvores. Porque um tigre gosta de subir às árvores, e o leão gosta de descansar à sombra delas.
Por alguma razão os animais escolhem os seus territórios de caça. É aí que eles são estrelas e não adorno. É aí que se mostram, se sentem seguros. E, acima de tudo, transmitem essa segurança aos outros.
Se os humanos ao menos conseguissem perceber isto, haveria muitas surpresas a registar.

sábado, maio 19, 2007

Gostava de ser azul e voar

... como um gato que salta pela janela atras de uma qualquer borboleta.
Ser azul céu, para ninguém me ver
Voar no silêncio, e perder-me no azul

domingo, novembro 12, 2006

Rua do Cabresto, nº 31

A transformação é um dado adquirido. Um dia, de tanto passar na Rua do Cabresto, dou de caras com o número 31. Uma porta verde esperança, com janelas que reflectem o azul céu. Uma casa tão composta, bem mais rica que os números vinte. Não tão firme como os quarentas um pouco mais acima.
Nós somos o que herdamos dos genes, e tudo aquilo que vamos recolhendo ao longo da vida.
É nesta recolha que está a ciência da coisa. Por outras palavras BAGAGEM.
O problema surge quando nos colocam "toneladas" de bagagem de uma só vez. O nosso corpo está habituado a ir aumentando o peso, mas de uma forma gradual. Quando recebemos muitas malas ficamos confusos, não sabemos onde arrumar o quê e não nos podemos dar ao luxo de perder algumas delas.
Questão: Então o que fazer?
- Simples... Recorre-se aos amigos. Haverá alguém que nos ajudará a equilibrar a carga. Por vezes até nos levam uma ou duas malas, durante algum tempo, até nos equilibramos.
Por isso meus amigos, sejam amigos.

domingo, outubro 22, 2006

A __..-º-..__ M A R

Vejo um mar, vejo ondas
Uma sucessão de águas
Entrelaçadas por flores de espuma
Um mundo de ti

Uma vela acesa num farol
Uma vela rasgada
Num barco à deriva
Uma esperança de ver terra

Brisa que beija as dunas
Dança de juncos e areia
Sopro de vida
Num imenso azul

Sol torrado de Outono
Calor de uma gaivota
Som de uma luz distante
Magia num espelho

terça-feira, outubro 17, 2006

Sol da minha vida


De todos os "sois" de Sintra este é, decididamente, um dos mais bonitos.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Hoje

Hoje acordei,
Hoje andei, corri
Hoje ri
E amanhã?

domingo, outubro 08, 2006

Espera-me

Nas praias que são o rosto branco das amadas mortas
Deixarei que o teu nome se perca repetido
Mas espera-me;
Pois por mais longos que sejam os caminhos eu regresso


Sophia De Mello Breyner Anderson

quarta-feira, outubro 04, 2006

S 7 E 7 T 7 E


Sete meses que se equivaleram a sete anos.

Sete vidas tem a Mia.

Sete minutos que me doeram por sete séculos.

Sete pétalas tem o meu coração, todas com o mesmo nome.